Um Programa Diferente

Para fugir da chuva (posso parecer repetitiva, mais é nossa realidade atual, sendo assim começo essa nova postagem com a frase que mais escrevemos em 2011) resolvemos inovar e assim no dia 06 de março, um domingo eu, o Guga e o Rafa fomos pedalar, para minha felicidade, pois adoro andar de bicicleta. O Rafa então sugeriu um caminho que já havia feito chamado de “Roça Nova”,  aproximadamente 42 km,  saímos de casa por volta das 8hs passamos no amigo Rafa e seguimos rumo a Piraquara onde inicia-se o trecho, seguimos até lá por uma estrada de terra muito graciosa passando por uma igreja aparentemente abandonada e por pontos com árvores majestosas que formam verdadeiros túneis. Já na cidade nos enrolamos um pouco para achar o início do caminho, mais logo nos localizamos e iniciamos o percurso que por sinal mostrou-se muito bonito, com uma paisagem bela cercada de propriedades interioranas. O trajeto até a estação de Roça Nova é tranqüilo apenas com uma subida forte no final acompanhada de uma decida muito gostosa onde vale a pena deixar o medo de lado (no meu caso) e soltar o freio. Paramos na estação que está sendo revitalizada e aproveitamos para fazer um lanche, nos hidratar e ainda tivemos tempo de ver a Litorina passar, um luxo! O retorno é feito por outra estrada, ainda bem pois subir a grande descida do final não seria moleza, seguimos tranqüilos e por volta do meio dia estávamos em Borda do Campo tomando cerveja e comendo salgadinho...Valeu o dia! Pedalar é muito bom, espero repetir a dose rapidamente.

Parabéns Rafa...

Como já virou tradição nós nos programamos para viajar no fim de semana que incluiria 08 de fevereiro Aniversário de nosso amigo Rafa. Sendo assim no dia 07 de fevereiro saímos as 16hs de casa rumo aos arenitos, pois como todos já sabem as chuvas de verão continuam constantes tornando os arenitos nossa melhor opção de escalada neste período, passamos na casa dos amigos Flora e Tomy, Rafa e Manu onde organizamos a bagagem para 2 noites e 3 dias de acampamento e escalada em Ponta Grossa no setor Macarrão. Chegamos no setor com a noite caindo depois de encarar a estrada de acesso que está com muitos buracos e erosão, onde o Guga pilotando o corsinha off roud e a Manu na strada mostraram suas habilidades ao volante nos levanto em segurança. O Tomy apresentou-nos o local onde dormiríamos, um belo platô localizado no término de algumas vias com visão privilegiada apelidado pelo Guga de "cafofo do vigia", organizamos acampamento e iniciamos a comemoração do niver do Rafa com um jantar onde teríamos Pirogui (que levei pronto) acompanhado de bons vinhos e de sobremesa um delicioso bolo com chocolate e morangos feito pela Manu, como diria o Tomy "desfrute total". O Guga, eu, Rafa e Manu decidimos aproveitar o visual e a bela noite estrelada de bivaque enquanto o Tomy e a Flora preferiram a barraca, a opção do bivaque foi boa tirando alguns mosquitos que atrapalharam o nosso sono até colocarmos alguns "boa noite" (repelente) para queimar. No dia seguinte iniciamos a escalada depois do café da manhã e de um bom mate, cada um buscou seu projeto pessoal, o Tomy e a Flora nos mais ousados com graduação de 7c a 9a com cadena da Flora na "Gato Muerto" 8a e Tomy na "Até o diabo sua" 8c entre outras o Rafa e Manu foram na "El corazon" 6sup enquanto eu e o Guga ficamos na "Congo Melon" 6. Como o setor é totalmente esportivo eu e o Guga logo cansamos os braços e ficamos na filmagem e fotos, eu ainda enfrentei a "El corazon" fazendo a mesma em suaves prestações. Na parte da tarde fomos conhecer o setor macarrão 2 onde o Tomy foi malhar a via "Valente Dan" 9a e o Rafa se encantou pela "Homem Primata" 7a e entrou na mesma para conhecer, já o Guga escolheu a via "Espirra veneno" 6 sup porém acabou fazendo uma mescla desta via com a via "As lacas também voam" 7a devido a presença de marimbondos na via (o Guga consegue ter aventura até em via esportiva, enfim é o que ele gosta) mais no fim tudo acabou bem ele terminou a via com a noite caindo. Ao chegarmos no "cafofo do vigia" avistamos uma tempestade se aproximando o que nos obrigou a montar nossas barracas às pressas e proteger nossas mochilas com equipamentos e roupas, mais a chuva foi passageira e logo nos organizamos para o jantar onde produzimos em série um rodízio de pizza maravilhoso com sabores que iam de cogumelos a pizzas doces com doce de leite argentino um verdadeiro luxo que proporcionou uma grande interação nossa, pois todos participaram da produção e organização, valeu Rafa pela grande idéia! Passamos esta noite com menos conforto pois o local onde estávamos tem lugar bom para montagem de 1 barraca devido ao desnível das pedras do platô, mais superamos bem esta etapa e acordamos cedo para o último dia de escalada, organizamos o acampamento e eu, o Guga e Manú que não tínhamos muitas pretensões de escalada fizemos um porteio para o carro com as coisas que não utilizaríamos mais, enquanto isso Tomy, Flora e Rafa foram para o Macarrão 2 onde o Tomy fez a "Homem Primata" e o Rafa resolveu apenas recolher para conhecer melhor a via pois com a chuva do dia anterior as vias do setor estavam molhadas, o Tomy fez mais uma investida na "Valente Dan"que também estava molhada e ficou como projeto. Fomos então para o Macarrão 1 onde a Flora fez a "Degemê" 7b deixando-a equipada para o Rafa, e o Tomy e Flora entraram e fizeram cadena da via "Mangopera" 7a . Com todos satisfeitos com a escalada saboreamos uma deliciosa melancia e fomos conhecer o Buraco do Padre, lugar mágico onde chegamos depois de uns 30 minutos de caminhada leve, com uma cachoeira impressionante que desse por um buraco, isso mesmo um buraco e que devido ao período de muita chuva tinha uma força e um volume de água inacreditáveis...posso dizer que é a cachoeira mais linda e deslumbrante que eu conheço. Na sequencia fomos até o setor favo onde tem algumas vias, subimos nesta pedra que também tem um visual incrível, desta conseguimos avistar o setor Macarrão e o Buraco do Padre vistos de cima. Nosso estado, ou melhor nosso país possui belezas que impressionam por sua grandeza e que são pouco exploradas ou algumas que ao menos são conhecidas, não sei se isto é bom ou ruim, sei apenas que cada vez que conheço um lugar como este chamado "Buraco do Padre" sinto que não conheço nada do nosso país e que ainda tenho muito a aprender e explorar. Obrigado Rafa por desejar dividir um dia tão especial conosco, valeu Manú pela compania sempre tão agradável e compreensiva, grato Tomy e Flora pela paciência e por nos apresentar a um lugar fascinante e obrigado Guga pelo bom humor de sempre. Até a próxima!

Chove chuva ...

Final de semana com previsão de chuva, 12 e 13 de fevereiro de 2011, a vontade de escalar estava grande mais o clima não queria colaborar, a serra toda encontrava-se encharcada, sendo assim tínhamos duas opções São Luiz do Purunã ou Ponta Grossa. Como PG é mais longe então a opção foi SLP, com o casal de amigos Samuca e Rê depois de passar no supermercado partimos rumo setor 3 em SLP. Com o clima feio na caminhada apressamos o passo para não pegar a chuva que avistávamos vindo em nossa direção, estavam caindo bastante raios e quatro pessoas no meio de um pasto a uma altitude daquela viram quatro para raios ambulantes, por fim deu tudo certo atravessamos todo o pasto e iniciamos a descida pela floresta chegando na área de acampamento, base da via Diedro de Isis 6º sup. Ao chegar a chuva caiu ou melhor desabou. Depois de uma hora comendo e vendo a chuva cair montamos acampamento, a área de camping fica no base da parede que é bem inclinada formando um negativo que não molha, com tudo pronto o Samuca resolveu iniciar os trabalhos e como estávamos ali fomos para a clássica Diedro de Isis 6sup, acho que o 6 sup mais difícil que fiz e olha que fui recolhendo, haja braço. A chuva veio novamente e parou enquanto escalávamos e a via continuava seca, sensação bem diferente, linda via. Com o término dos trabalhos fizemos aquela janta acompanhada de um vinho para relaxar o corpo. Após uma noite de chuva contínua levantamos, repusemos as energias e fomos aproveitar mais um pouco, a escolhida foi a via Das Abelhas 6º, escalda bem protegida e com um tetinho que é puro desfrute, depois desta meus braços não agüentavam nem abrir minha garrafa de água, esforço demais para quem estava sem escalar, mais o incansável Samuca ainda estava com a corda toda então ele e Josiani entraram na via Eu e Deus 4º via curta que da acesso a um platô que acessa outras vias, desta entraram na variante Brasília 5º sup, que acessa dois grampos para rapel e top roupe, que era o objetivo do Samuca para dar o golpe de misericórdia. Todo mundo satisfeito desmontamos o acampamento e iniciamos a caminhada que foi debaixo de uma chuva constante mais quente onde lavamos a "alma". Vlw Josiani, Rê e Samuca e quando não tiver nada pra fazer num final de semana de chuva, vamos para o Setor 3 em SLP.

E 2011 começa!

Depois de um mês (isto mesmo 1 mês) de muita chuva e sem muita atividade, resolvemos sair da inércia e começar o ano com o pé na trilha! Sendo assim eu (Josiani) tive a brilhante idéia de fazer junto com o Guga é claro, o caminho do Itupava para tirar as teias de aranha das articulações, seria a 2ª vez que faríamos o caminho histórico do Itupava de mais de 20Km. Na sexta feira 4 de fevereiro, lá pelas 18:00hs começamos a planejar e arrumar as mochilas. No sábado as 06:30hs saímos de casa caminhando pela trilha do Anhangava até Borda do Campo, onde inicia-se a decida do Itupava. Começamos a caminhada com o dia nublado mais assim que passamos o Pão de Ló o sol foi dando o ar da graça e nos presenteando com um lindo dia, a caminhada foi muito agradável até a casa do Ipiranga pois a trilha apesar das chuvas rotineiras estava bem seca o que fez a caminhada render. Assim iniciamos a parte mais bonita da trilha, por um caminho todo de pedras bem escorregadias, neste ponto comecei a sentir um grande desconforto nos pés, o que ocasionou uma redução no ritmo de caminhada, mais nada atrapalhava nossa empolgação com a floresta que depois de tanta chuva tinha um verde estonteante e cores vivas de bromélias e orquídeas, além é claro dos cantos de pássaros que nos acompanharam por todo percurso e os rios de águas cristalinas e refrescantes. Para mim o caminho do Itupava é um percurso especial onde conseguimos nos sentir integrado a natureza de uma forma única e especial. Enfim as 13:00hs chegamos ao fim da trilha na floresta e neste ponto seguimos rumo ao Marumbi, nossa primeira parada. Chegando no Marumbi fomos direto ao cemitério dos grampos onde tomamos um merecido banho de água gelada da serra (e bota gelada nisso) que levou com ela todo desconforto de 6hs de caminhada, e lá mesmo almoçamos o delicioso sanduiche que havíamos levado. Na sequencia fomos até a casa da amiga Chica onde dormiríamos, colocamos roupa seca e fomos aproveitar a energia e visual do local...isto por alguns minutos pois no fim da tarde veio a chuva nossa de todo verão. Jantamos na compania de alguns macacos prego que faziam malabarismos nas árvores ao redor da casa e dormimos o sono merecido depois de um dia muito proveitoso. Logo ao amanhecer, com o dia nublado porém sem chuva resolvemos sair rumo a Prainhas, onde chegamos depois de aproximadamente 2hs de caminhada e lá, mesmo com meus pés um pouco dolorido decidimos seguir os 6Km até Morretes onde fechamos com chave de ouro nosso percurso com muito peixe, camarão e barreado. Voltamos para casa no fim da tarde de ônibus cansados porém muito felizes pelo começo maravilhoso de trips em 2011.